Wesley Safadão, a esposa Thyane Dantas e a produtora Sabrina Tavares rejeitaram acordo oferecido pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) para que as investigações que envolvem o trio fossem encerradas. Em julho, os três burlaram a fila da vacina e foram indicados por suspeita de crimes sanitários.
O Acordo de Não Persecução Penal, nome jurídico dado à possibilidade de substituir o processo criminal por outras maneiras de pena, foi solicitado pela defesa dos investigados no último dia 14 de outubro e rejeitado após audiência que ocorreu nesta quinta-feira (28).
O QUE VAI ACONTECER COM WESLEY SAFADÃO?
O MPCE sugeriu que fosse paga uma quantia em dinheiro para uma instituição de cunho social. Em seguida, o caso seria encerrado. No entanto, Wesley, a esposa e a assessora rejeitaram a condição. O valor de pagamento proposto pelo órgão não foi revelado, mas, segundo a legislação, varia entre um e 360 salários mínimos.
Com a rejeição, o processo segue no MPCE e os investigados ainda têm direito de solicitar novos acordos. A diferença é que, a partir de agora, Safadão, Thyane e Sabrina podem ser denunciados à Justiça pelo órgão. Caso isso seja formalizado, o trio se torna, oficialmente, réu por furar a fila da vacina.
Em nota, o MPCE afirmou que o caso está nas mãos do Grupo de Trabalho da Covid-19 do Ceará. No mês passado, Wesley, Thyane, Sabrina e mais cinco pessoas foram indiciados pela Polícia Civil por participação na fraude da vacina. O cantor, a esposa e mais cinco intermediários poderão responder na Justiça por crimes de peculato, quando há desvio de bens públicos, e infração de medida sanitária. Já a produtora, foi indiciada apenas pela segunda infração. Somadas, as penas podem render até 13 anos de prisão.